Pilhas e Eletrólise
Utilizamos as pilhas nos diferentes aparelhos do nosso dia-a-dia: rádios, controles remotos, Mp3 entre outros .
Você já parou para pensar como é o funcionamento das pilhas?
A história das pilhas inicia por volta de 1600 com Otto von Guericke e a invenção da primeira máquina para produzir eletricidade.
Galvani na segunda metade do século XVIII, começou a pesquisar a aplicação terapêutica da eletricidade, após dez anos de pesquisa publicou : “Sobre as forças de eletricidade nos movimentos musculares.” Onde concluía que os músculos armazenavam eletricidade do mesmo modo que uma jarra de Leiden, e os nervos conduziam esse eletricidade.
Em 1812 Daw produziu um arco voltaíco usando eletrodos de carvão ligados a uma bateria de muitos elementos. A pilha de Volta foi uma grande invenção, apesar da interpretação errada que seu autor deu ao seu funcionamento.
E como explicar o funcionamento da pilha?
Suponhamos, por exemplo, que separemos fisicamente a barra de zinco de uma solução de sulfato de cobre.
A barra de zinco é imerso numa solução de sulfato de cobre, assim como uma barra de cobre. As duas barras encontram-se interligadas eletricamente mediante um fio. Este dispositivo forma uma pilha.
As barras de zinco e de cobre são denominadas eletrodos e fornecem a superfície na qual ocorrem as reações de oxidação e de redução.
Se os eletrodos de zinco e cobre forem ligados entre si, por meio de um circuito externo, haverá um escoamento de elétrons através desse circuito, do eletrodo de zinco para o de cobre, em cuja superfície serão recebidos pelos íons Cu+2. (lembra-se da fila de reatividade !!!)
E esses íons serão reduzidos e os átomos de cobre se depositaram na superfície do eletrodo de cobre (eletrodeposição).
Nesta célula o eletrodo de zinco é denominado ânodo. O ânodo é um eletrodo no qual ocorre a oxidação.
À medida que se vai realizando a reação da célula, os íons de zinco migram afastando-se do ânodo de zinco, em direção do eletrodo de cobre, à semelhança do que ocorre com os íons de cobre.
As reações de eletrodo e a reação da célula são:
Diagramas de célula
Diagramas de célula são anotações simplificadas para células galvânicas.
A pilha de Daniel tem o seguinte diagrama de célula Zn(s) | ZnSO4(aq) | | CuSO4(aq)|Cu(s)
Do lado esquerdo da célula encontra-se a representação da semi-reação de oxidação (a que ocorre no ânodo).
Do lado direito da célula encontra-se a representação da semi-reação de redução ( a que ocorre no cátodo)
A ponte salina é representada pelas duas barras centrais.
Diferença de potencial de uma pilha
A maior valor de diferença de potencial que se pode obter de uma pilha galvânica é chamado de força eletromotriz, que corresponde ao início do funcionamento dessa pilha.
Pela fila de reatividade de metais podemos ver a diferença de potencial,quanto mais distante um metal estiver do outro, maior será a facilidade para fornecer ou receber elétrons e, portanto, maior a diferença de potencial.
Nesta comparação pode ocorrer duas coisas:
O eletrodo em estudo fornece elétrons ao eletrodo padrão de hidrogênio, seu potencial será indicado com sinal positivo
O eletrodo em estudo recebe elétrons do eletrodo padrão de hidrogênio, seu potencial será indicado com sinal negativo.
Organiza-se uma tabela de potenciais – padrão de redução
Sendo que:
Os eletrodos que fornecem elétrons ( ânodo) são colocados acima do hidrogênio, ficando com o sinal negativo.
Os eletrodos que recebem elétrons ( cátodo ) são colocados abaixo do hidrogênio, ficando com o sinal positivo.
Eletrólise
A eletrólise é toda reação de indução de reações químicas de redução e oxidação que ocorre pela passagem de corrente elétrica em soluções iônicas ou em sais fundidos, é uma reação oposta à da descarga de uma pilha.
Quando fazemos a recarga de uma bateria, a reação que ocorre é uma eletrólise:
A eletrólise é realizada em células eletrolíticas, igual as pilhas, também constituídas por dois eletrodos: o catodo – pólo negativo – e o anodo – pólo positivo.
Duas placas condutoras de eletricidade (eletrodos) são colocados no composto a ser decomposto – o eletrólito. Quando as placas são ligadas a uma bateria, a corrente elétrica atravessa o composto que, se decompões, aos poucos, em duas partes. Isso acontece porque o eletrodo negativo (catodo) apresenta um excesso de partículas negativamente carregadas e, assim, atrai os íons positivos do composto. O eletrodo positivo (anodo) atrai os íons negativos.
Para provocar a passagem de corrente elétrica em um recipiente contendo cloreto de sódio(NaCl) , por exemplo, é necessário liberar os íons Na+ e Cl- para que possam se movimentar. Isso pode ser conseguido adicionando-se água ou aquecendo o sal até a sua fusão. Existem dois tipos de eletrólise: a Eletrólise Aquosa e a Eletrólise Ígnea.
- Eletrólise Aquosa é o nome de uma reação química provocada pela passagem de corrente elétrica por meio de uma solução aquosa de um eletrólito.
- Eletrólise Ígnea é o nome que se dá a uma reação química provocada pela passagem de corrente elétrica através de um composto iônico fundido.
A eletrólise pode ser aplicada para obtenção de elementos químicos como metais, hidrogênio e cloro, substâncias como a soda cáustica(NaOH) e água oxigenada(H2O2), purificação eletrolítica de metais como o cobre e galvanização( eletrodeposição de metais tais como cromagem, niquelagem e outros).
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